10 medicamentos surpreendentes proibidos nos destinos turísticos mais populares do mundo (Guia 2025)

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Evgeny Yudin

Autor

  • Qualificação: International Health Access Consultant

  • Cargo: Founder of Pillintrip.com

  • Empresa: Pillintrip.com – International Health and Travel

Você pode se perguntar por que medicamentos comuns no dia a dia, inofensivos em casa, acabam causando problemas legais no exterior. A verdade é que cada país tem sua própria abordagem para regulamentação de medicamentos, baseada nas leis locais de controle de drogas, padrões médicos e sensibilidades culturais.

Leis de Controle de Medicamentos

Países como México e Turquia impõem controles rigorosos para prevenir abusos e tráfico. Por exemplo, o México baniu a pseudoefedrina, comum em remédios para resfriado, já em 2009 devido ao uso na produção ilegal de metanfetamina. Da mesma forma, a Turquia endureceu as restrições ao tramadol após diversos casos de contrabando, classificando-o como substância controlada, com violações acarretando sérias consequências legais.

Padrões de Segurança Médica

Nos EUA e Reino Unido, certos medicamentos considerados seguros em outros países são proibidos por riscos médicos. Um exemplo notável é o Metamizol (Analgin), amplamente usado na Europa, mas proibido nesses países devido ao raro, porém grave, risco de agranulocitose – uma condição sanguínea potencialmente fatal.

Diferenças Culturais e Regulatórias

Em países como os Emirados Árabes Unidos, normas culturais influenciam fortemente as regras sobre medicamentos. Medicamentos que contêm codeína, um opioide comum em xaropes para tosse e analgésicos, são rigorosamente controlados. Portar esses remédios sem autorização explícita pode resultar em multas pesadas, prisão ou deportação.

Compreender esses motivos ajuda viajantes a se prepararem melhor e a evitar problemas legais graves no exterior.

10 Medicamentos Surpreendentes Proibidos nos Destinos Mais Populares do Mundo (2025)

Abaixo, detalhamos os 10 destinos turísticos mais visitados e destacamos medicamentos específicos que viajantes costumam trazer, sem saber das restrições locais. Cada país apresenta casos reais, dicas práticas e alternativas mais seguras.

1. França (100 milhões de turistas, 2024)

Medicamento proibido: Codeína (sem receita).

Na França, medicamentos comuns com codeína, como Nurofen Plus ou xaropes para tosse, exigem receita desde 2017. Antes vendidos sem prescrição, agora podem ser confiscados na alfândega ou render uma multa pesada se você não tiver receita válida.

Caso real:

Em Paris, autoridades confiscaram recentemente 50 caixas de Nurofen Plus de um turista britânico sem receita.

Dica de viagem:

Troque por alternativas mais seguras, como paracetamol ou ibuprofeno, facilmente disponíveis sem receita.

2. Espanha (85,2 milhões de turistas, 2024)

Medicamento estritamente controlado: Benzodiazepínicos (ex.: Diazepam)

Na Espanha, benzodiazepínicos – prescritos para ansiedade ou insônia – são substâncias estritamente controladas. Levar medicamentos como Diazepam (Valium) sem documentação pode resultar em apreensão e problemas legais.

Qual documentação é exigida?

É obrigatório portar uma receita detalhada ou declaração médica traduzida ao espanhol. As autoridades são rigorosas: sem documentação, seu remédio pode ser apreendido e ainda gerar multas.

Dica de viagem:

Antes de viajar, peça ao médico uma carta detalhando dosagem, necessidade e duração do tratamento. Certifique-se que está traduzida profissionalmente para o espanhol.

3. Estados Unidos (66,5 milhões de turistas, 2024)

Medicamentos proibidos: Metamizol (Analgin), a maioria dos barbitúricos (exceto Fenobarbital).

Nos EUA, o Metamizol (Analgin) – popular analgésico e antitérmico – é totalmente proibido. Barbitúricos, exceto Fenobarbital, também são proibidos pelo alto risco de dependência e overdose.

Caso real:

Em 2024, a alfândega americana apreendeu cerca de 1.200 pacotes de Analgin de viajantes vindos principalmente do Leste Europeu, sem saber da proibição local.

Dica de viagem:

Antes de ir aos EUA, confira a lista de substâncias proibidas da FDA. Troque Analgin por alternativas legais como paracetamol (Tylenol) ou ibuprofeno (Advil, Motrin).

4. Itália (57,2 milhões de turistas, 2024)

Medicamento restrito: Pseudoefedrina (comum em produtos como Sudafed)

Na Itália, remédios com pseudoefedrina – típica de descongestionantes – são rigorosamente limitados. É permitido portar até 720 mg por pessoa. Excedendo, pode haver confisco e multa.

Dica de viagem:

Se usa Sudafed, prefira sprays nasais com xylometazolina (Otrivin) ou oximetazolina (Afrin), ambos fáceis de encontrar e sem restrição.

Dica prática:

Se for levar pseudoefedrina, mantenha o remédio na embalagem original, com receita médica ou declaração detalhando dosagem e duração da viagem.

5. Turquia (55,2 milhões de turistas, 2024)

Medicamento proibido: Tramadol

A Turquia classifica o Tramadol – analgésico opioide – como narcótico estritamente controlado. Portar sem autorização explícita ou documentação médica não é só infração aduaneira: é tráfico de drogas, punido com severidade.

Caso real:

Em 2024, um viajante foi preso no Aeroporto de Istambul com 600 g de Tramadol e sentenciado a 12 meses de prisão.

Dica de viagem:

Evite levar Tramadol à Turquia. Peça ao seu médico para trocar temporariamente por anti-inflamatórios não opioides, como ibuprofeno ou naproxeno, que são legais e facilmente encontrados.

6. México (42,2 milhões de turistas, 2024)

Medicamento proibido: Pseudoefedrina (banida desde 2009)

O México proíbe totalmente a pseudoefedrina, presente em remédios para gripe como Sudafed e Actifed. O objetivo é combater a fabricação ilegal de metanfetamina.

Caso real:

Em 2024, um turista foi detido e deportado de Cancún por tentar entrar com Sudafed sem saber da proibição.

Dica de viagem:

Antes da viagem, troque pseudoefedrina por alternativas seguras e legais com fenilefrina, acessíveis em qualquer farmácia no México.

7. Reino Unido (37,2 milhões de turistas, 2024)

Medicamentos proibidos ou estritamente controlados: Metamizol (Analgin), xaropes de codeína.

O Reino Unido tem regras severas para medicamentos comuns em outros países. O Metamizol é proibido devido ao risco, raro porém grave, de agranulocitose. Também são proibidos xaropes de tosse com codeína sem receita.

Requisitos para viajantes:

Se precisa de opioides como Tramadol ou codeína, leve receita oficial de um profissional reconhecido, idealmente com carta explicativa do médico.

Dica de viagem:

Troque Metamizol por analgésicos permitidos como paracetamol ou ibuprofeno. Para tosse, use xaropes à base de dextrometorfano, legais sem receita.

8. Alemanha (34,8 milhões de turistas, 2024)

Medicamento controlado: Zolpidem (vendido como Ambien)

Na Alemanha, Zolpidem – um sonífero comum – é considerado substância psicotrópica. Para entrar no país, é preciso portar receita e, muitas vezes, declaração formal de importação.

Caso real:

Em 2023, a alfândega alemã apreendeu mais de 20.000 comprimidos de Zolpidem de passageiros internacionais sem documentação adequada.

Dica de viagem:

Se usa Zolpidem, peça ao seu médico certificado detalhado com receita traduzida em alemão. Para viagens curtas, considere alternativas naturais como a melatonina, menos reguladas.

9. Grécia (32,7 milhões de turistas, 2024)

Medicamento restrito: Codeína (mesmo em baixas doses)

Na Grécia, a codeína é substância controlada. Pequenas quantidades em medicamentos combinados – como Solpadeine ou xaropes para tosse – exigem receita válida. As autoridades gregas são rígidas, especialmente em aeroportos e fronteiras.

Caso real:

Um turista foi multado em 300 euros por tentar entrar com alguns pacotes de Solpadeine sem documentação médica adequada.

Dica de viagem:

Sempre viaje com receita, de preferência traduzida ao grego, ao portar codeína. Opte por analgésicos não opioides como paracetamol ou aspirina.

10. Áustria (30,9 milhões de turistas, 2024)

Medicamentos controlados: Tramadol e benzodiazepinas

A Áustria segue as regras da União Europeia: Tramadol e benzodiazepinas (ex: Diazepam, Lorazepam) são rigorosamente controlados. Declare essas substâncias ao entrar no país e leve documentação completa (receita e, se possível, declaração aduaneira).

Dica de viagem:

Antes de entrar na Áustria com qualquer medicamento controlado, consulte o Ministério Federal da Saúde ou a embaixada. Leve o remédio na embalagem original, carta médica em alemão ou inglês, e declare na alfândega para evitar multa ou apreensão.

Como se preparar: regras e dicas por país para medicamentos (2025)

Você pode achar simples arrumar seus medicamentos para uma viagem internacional – até um agente perguntar por que você está levando um remédio para resfriado proibido no local. Cada país tem leis próprias e mesmo pequenas infrações podem resultar em confisco, multas ou pior. Veja como não ter problemas na fronteira em 2025, destino por destino.

França, Espanha, Itália: A Terra da Burocracia

Quando Sofia, de Toronto, desembarcou em Paris para as férias dos sonhos, ficou chocada quando seu xarope de codeína foi apreendido. Ela não sabia que a França tornou a codeína controlada desde 2017.

Como evitar surpresas:

  • Sempre leve receita no padrão europeu, até para remédios OTC em seu país.

  • Traduza a receita para francês, espanhol ou italiano, conforme o destino.

  • Leve só o suficiente para 15 a 30 dias, com embalagem original e rótulo legível.

Dica: fiscais da UE valorizam organização – mantenha seus medicamentos em uma bolsa, com documentos traduzidos em plástico.

Estados Unidos: O País dos Rótulos Rigorosos

Carlos, estudante argentino, teve seus comprimidos de Analgin confiscados em Miami. Embora legais no seu país, eles são proibidos pela FDA.

Como evitar problemas:

  • Confira a lista da FDA (link) antes de arrumar as malas.

  • Substitua remédios proibidos, como Metamizol, por Tylenol (paracetamol) ou Advil (ibuprofeno).

  • Guarde tudo na embalagem original com etiqueta e traga declaração médica de diagnóstico e tratamento.

Extra: só use porta-comprimidos após passar pela alfândega dos EUA. Remédios soltos levantam suspeita.

México & Turquia: Zonas de Tolerância Zero

Lena, viajante frequente, nem pensou duas vezes antes de levar Sudafed para Cancun. A alfândega pensou diferente. A pseudoefedrina do remédio causou inspeção adicional e ela foi deportada no dia seguinte.

Na Turquia, pode ser ainda mais grave: um empresário foi condenado a 12 meses de prisão por levar Tramadol sem documentação, achando que era só "um analgésico forte".

Como evitar problemas:

  • Não leve remédios com pseudoefedrina ou tramadol sem permissão formal.

  • Pesquise substitutos locais, como fenilefrina (congestão) ou naproxeno (dor).

Atenção: nos dois países, essas substâncias são consideradas drogas controladas – mesmo em pequenas quantidades.

Alemanha & Áustria: Documentação é tudo

Nina, viajante com insônia, levou Zolpidem (Ambien) a Viena sem qualquer documento. Mesmo levando só uma semana de remédio, foi questionada pela alfândega. Quase foi multada, mas mostrou um e-mail médico em inglês e se livrou.

O que fazer:

  • Verifique regras no BfArM (Alemanha) ou Ministério da Saúde da Áustria.

  • Leve receita traduzida e permissão de importação, se necessário.

  • Declare os medicamentos na alfândega, até em trânsito.

Lembrete: não subestime fronteiras Schengen – fiscais compartilham dados e monitoram reincidentes.

Checklist para Qualquer Destino: Como Viajar com Medicamentos com Segurança em 2025

Antes de fechar a mala, evite surpresas legais. Siga este checklist e poupe horas de estresse no aeroporto, multas – ou coisa pior.

1. Verifique regras oficiais antes de voar

"Mas é só para alergia..." – as últimas palavras comuns antes da alfândega apreender o remédio.

Cada país tem lista própria de substâncias proibidas. Até OTC no Brasil pode exigir receita ou ser proibido fora. Confira:

  • Site da embaixada do destino

  • Órgão sanitário local (ex.: FDA-EUA, ANSM-França, COFEPRIS-México)

Exemplo: Vai à Turquia? Tramadol é controlado. Sem autorização, você pode ir parar na Justiça.

2. Tenha receita formal e carta médica assinada

"Eu tomo todo dia" não basta na fronteira.

Mesmo permitido, podem exigir prova de uso pessoal. Sua receita deve:

  • Conter nome, diagnóstico, medicação, dosagem e duração

  • Ser assinada/carimbada por profissional habilitado

  • Emitida há no máximo seis meses

Extra: peça ao médico uma carta explicando por que o remédio é necessário, especialmente se for controlado (ex.: diazepam ou zolpidem).

3. Traduza seus documentos para o idioma local

Não conte com o inglês em toda fronteira.

Em países como Espanha, França, Alemanha, podem não aceitar documentos em português/inglês. Traduza receita ou carta médica para dar legitimidade e agilizar a liberação.

Melhor prática: leve original e tradução.

4. Mantenha o remédio na embalagem original

Comprimido solto = suspeita.

Leve sempre na caixa original, com rótulo da farmácia. Nunca leve comprimidos soltos nem use porta-comprimidos antes da alfândega.

Exemplo: 30 comprimidos brancos soltos na Alemanha podem ser considerados algo pior – mesmo que seja só aspirina.

5. Declare substâncias controladas na alfândega

Tentar “dar um jeitinho” só complica as coisas.

Remédios controlados (tramadol, zolpidem, codeína, benzodiazepínicos) devem ser declarados na chegada. Procure o formulário e marque “medicamentos” ou “entorpecentes”.

Não declarar pode gerar apreensão, multa ou até processo.

Dica: leve uma lista impressa dos seus remédios e entregue se pedir – demonstra responsabilidade e transparência.

Antes de Embarcar

Considere seus remédios como documentos de viagem: revise, organize, rotule, traduza e declare. Talvez nunca perguntem por eles – mas se pedirem, você estará tranquilo.

Casos Reais nos Destinos Mais Procurados: Quando Comprimidos Viram Problema

Todos os anos, milhares de viajantes descobrem – tarde demais – que os comprimidos na mochila são problema legal no exterior. Não são lenda: os casos reais a seguir mostram como remédios comuns podem gerar multas, deportação ou até prisão. Considere esta seção um alerta.

França: O caso do turista britânico e do Nurofen Plus

O que aconteceu: Em 2024, um britânico foi parado no Aeroporto Charles de Gaulle com 50 caixas de Nurofen Plus, analgésico OTC do Reino Unido com codeína.

O problema: Na França, codeína só com receita desde 2017. A alfândega achou a quantidade excessiva e suspeitou de revenda.

Consequência: Todo o remédio foi apreendido. O viajante recebeu apenas advertência oficial, escapando de multa por ser a primeira infração.

Lição: O que é OTC no Brasil pode ser rigorosamente controlado fora – sobretudo se contiver opioides.

México: Férias Encerradas por Sudafed

O que aconteceu: Um turista americano chegou a Cancún com um pouco de Sudafed para rinite. Em poucas horas, foi detido pelo controle do aeroporto.

O problema: Pseudoefedrina, comum nos EUA, foi proibida no México em 2009 por causa da metanfetamina.

Consequência: Embora sem intenção ilegal, o turista foi deportado.

Lição: Até remédios para gripe podem gerar expulsão imediata. Sempre confira ingredientes antes de viajar.

Turquia: 12 Meses de Prisão por Tramadol

O que aconteceu: Em 2024, um nigeriano a caminho de Istambul foi preso com 600g de Tramadol sem receita ou autorização.

O problema: A Turquia classifica Tramadol como narcótico e pune importação não autorizada como tráfico.

Consequência: Um ano de cadeia por transporte ilegal de droga.

Lição: Ignorância não é desculpa na Turquia – com opioides, a prisão vem antes das perguntas.

Conclusão: Viaje de forma inteligente e segura

O que parece inofensivo em casa pode ser grande problema legal lá fora. Com o endurecimento das regras globais, especialmente sobre opioides, sedativos e descongestionantes, vale pesquisar antes de arrumar as malas.

Seja codeína na França, Sudafed no México ou tramadol na Turquia, conhecer a legislação do destino pode evitar confisco, multas ou pior. Com documentação certa, alternativas e planejamento, viaje com confiança.

Dica Final

Antes da próxima viagem, confira não só o clima, mas também seus remédios. Se tiver dúvidas sobre liberação do remédio no país de destino, busque pelo nome em Pill in Trip e veja equivalentes locais, restrições e dicas em um só lugar.

Para informações oficiais e listas de medicamentos por país, consulte estes sites confiáveis:

Fontes Úteis

Para informações oficiais e dicas sobre viagens com remédios, consulte os recursos abaixo:

Esses recursos trazem regras, requisitos de documentos e contatos atualizados das autoridades nos principais destinos. Confira sempre antes de viajar, pois as normas podem mudar frequentemente.